30 de Janeiro de 2009 às 12:20

Santander e Real unificam caixas eletrônicos

Com um mês de antecedência, a partir de março, os clientes do Santander e do Real poderão fazer consultas de saldos e extratos, saques e diversos tipos de pagamentos, nas redes de agências de ambos os bancos, call centers e internet banking, não importando a instituição de origem.
 
A integração de todos os 2.666 pontos de atendimento do Santander e os 3.861 do Real, envolvendo cerca de 18 mil caixas eletrônicos no País, estava prevista para o fim do primeiro trimestre ou começo do segundo. “Estamos um pouco adiantados”, disse o vice-presidente executivo sênior do grupo Santander Brasil, José Paiva Ferreira, responsável por essa tarefa.
 
“Este é um benefício importante que já entregaremos aos nossos oito milhões de clientes desde que iniciamos o processo de integração das duas instituições”, afirmou o presidente do Santander Brasil, Fabio Barbosa, em nota divulgada pelo grupo. As 500 mil empresas clientes também serão beneficiadas.
 
De toda forma, o grupo mantém a previsão de concluir a integração tecnológica dos dois bancos no fim de 2010 ou começo de 2011, quando então será possível uniformizar a oferta de produtos e também a marca, prevalecendo a do Santander.
 
O Santander fez parte do trio de bancos europeus que comprou o ABN AMRO no fim de 2007. O banco espanhol ficou com as operações no Brasil, o ABN AMRO/Real. O processo de fusão demorou para começar porque a aprovação da aquisição pelo banco central holandês atrasou. Era esperada para o primeiro trimestre e saiu apenas no segundo. Só então foi possível começar a integrar as operações.
 
O Santander e o Real iniciaram a integração tecnológica das operações dos clientes em outubro. O projeto envolve, neste momento, cerca de 100 profissionais do banco e de parceiras.
 
Atualmente, os testes envolvem 18 pontos de atendimento em São Paulo, totalizando cerca de 50 caixas eletrônicos (equipamentos de auto-atendimento). Nos locais em que o piloto está implantado, os clientes das duas instituições já fazem consultas de saldo e extratos, saques, pagamento de convênios (contas de água, luz, telefone e gás) e pagamento de títulos em dia ou vencidos, como se estivessem em seus bancos de origem.
 
Outros dois bancos que passam por processo de integração, Itaú e Unibanco, divulgaram que os clientes poderão usar indistintamente os 28 mil caixas eletrônicos das duas instituições a partir de sábado para operações de saque e consulta a saldo. Itaú e Unibanco anunciaram a unificação das operações no início de novembro.
 
O presidente mundial do Santander, Emílio Botín, afirmou, ontem, em conversa com analistas, em Madri, que o grupo apresentará resultados “magníficos” em 5 de fevereiro, sem fornecer mais detalhes. Botín afirmou ainda que o banco “não fechou a torneira do crédito”.
 
Os resultados devem incluir a baixa para prejuízo de US$ 2 bilhões do Sovereign Bancorp Inc., instituição de poupança e empréstimo americana que o Santander comprou. Apesar dessa “baixa inicial” o Sovereign terá lucro de quase US$ 100 milhões em 2008, US$ 250 milhões em 2010 e US$ 750 milhões em 2011.
 
O grupo anunciou também que Gabriel Jaramillo, que presidiu o Santander no Brasil, vai comandar o Sovereign. Jaramillo foi indicado assessor de Botín pouco depois da compra do Real, cujo presidente no Brasil, Fábio Barbosa, passou a presidir o grupo espanhol no País.
 
Os acionistas do Santander aprovaram a emissão de 177 millhões de novas ações, equivalentes a 2,2% do capital para pagar a compra do Sovereign, baseada na Filadélfia. É o terceiro aumento de capital do Santander desde setembro. O banco vendeu outros 2,2% do capital para comprar o britânico Alliance & Leicester Plc e US$ 9,3 bilhões em direitos, em novembro, equivalente a 25% do capital.
 

Valor Econômico
 

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