18 de Setembro de 2009 às 11:38

Provocação: Banqueiros apresentam proposta rebaixada

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a “proposta global” às reivindicações da categoria apresentada pela Fenaban durante a quinta rodada de negociação, nesta quinta-feira, dia 17. Na proposta os bancos descartaram o aumento real e apresentaram um índice de reajuste de 4,5% que apenas repõe a inflação do período.

 

A rejeição será formalizada em carta a ser enviada à Fenaban com o apelo para que apresente uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria até o próximo dia 23, do contrário os bancários poderão decidir pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 24.

 

Para a Participação nos Lucros e Resultados, os bancários reivindicam mudança no atual modelo, ou seja, mudança para melhor, mais justa. No entanto, a Fenaban interpretou exatamente o contrário. Apresentou uma proposta muito pior que o atual modelo de PLR. Propôs 1,5 salário reajustado limitado ao valor individual de R$ 10.000, enquanto que pela atual Convenção Coletiva esse teto é de R$ 13.000. A proposta também prevê redução no percentual do lucro líquido distribuído de 15% para 4%.

 

Os bancos propuseram, ainda, a redução do Auxílio creche/ babá de 83 meses para 71 meses e nada apresentaram para questões consideradas fundamentais nesta campanha salarial, como: garantia de emprego, novas contratações, valorização dos pisos, auxílio educação, Plano de Cargos Salários e Carreira e Previdência complementar.

 

De positivo, os bancos atenderam apenas a dois itens da pauta de reivindicações. Aceitam ampliar a licença maternidade para 180 dias e a concessão da isonomia de direitos aos parceiros homoafetivos, por exemplo a inclusão no plano de saúde aos parceiros de mesmo sexo.

 

“A proposta da Fenaban com redução de conquistas é uma provocação à categoria”, comenta Cido Roveroni da Federação dos Bancários no Comando Nacional. “O prazo para os bancos repensarem essa proposta ruim é dia 23. A dignidade do bancários está em jogo, abrir mão de conquistas e proposta sem avanços não faz parte da histórica trajetória de lutas da categoria. Ou mudam ou é greve dia 24!”, alerta o Roveroni.

 

A partir desta sexta-feira, 18, os bancários devem ficar atentos aos informativos dos sindicatos, participarem de todas as atividades propostas e comparecerem massivamente nas assembléias do dia 23 para avaliar um nova proposta, se houver, ou decidir a greve nacional por tempo indeterminado a partir do dia 24 de setembro.

Fonte: Susan Meire - Feeb SP/MS

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